Review of: Samsung Galaxy 5
Smartphone com Android:
Samsung

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3 Stars
On 13/06/2011
Last modified:27/02/2012

Summary:

O aparelho é uma boa opção para quem procura um smartphone de entrada e ele cumpre bem as suas funções dentro das limitações já esperadas. A sua pouca memória e seu limitado espaço interno tornam este aparelho bastante restrito àqueles que não precisam de muitos aplicativos no smartphone. A sua tela é bastante pequena e limita a compatibilidade do aparelho com alguns aplicativos. Darei 3 estrelas para este aparelho tendo em vista que é um smartphone de entrada e não tem qualquer pretensão de concorrer com smartphones medianos ou top de linha.

Samsung Galaxy 5 com Android 2.2 Froyo

Samsung Galaxy 5 com Android 2.2 Froyo

Finalmente consegui sair do meu antigo Nokia E51 com o obsoleto e abandonado Symbian OS 3rd S60 para o tão sonhado Android que, com toda a certeza, é uma grande evolução no que diz respeito à sistemas operacionais para aparelhos móveis (celular, tablets e afins).

Muitos devem saber que o Samsung Galaxy 5 não é um aparelho top de linha, mas sim um smartphone mais simples, ou “de entrada”, como muitos chamam. Ele não tem a melhor tela do mercado e está longe de ter os melhores recursos mas mesmo assim é um ótimo aparelho com Android e que cumpre muito bem com suas funções apesar de suas limitações de hardware. Falando em Hardware, vamos à uma breve descrição do Samsung Galaxy 5, ou Samsung GT-I5500B que é o meu aparelho:

  • Quad Band (850 + 900 + 1800 + 1900 MHz)
  • 3G: UMTS (850 / 1900 / 2100 MHz)
  • GPRS disponível
  • EDGE disponível
  • 3G disponível
  • Câmera: 2 megapixels
  • Display TFT de 2.8 polegadas (Touchscreen)
  • Resolução 240×320 pixels
  • Formato Barra
  • Conectividade
    • Bluetooth
    • USB
    • Wi-Fi
    • GPS
  • Rádio FM
  • Memória Interna para armazenagem de 186Mb
  • Cartão de memória Micro SD de 2Gb acompanha o aparelho (expansível até 16Gb)
  • Bateria de 1200 mAh
  • Acelerômetro
  • Conector de áudio de 3,5mm (P2)

Desempenho

A primeira coisa que me chamou a atenção no Galaxy 5 foi o seu desempenho pois, apesar de ter um processador limitado para os dias de hoje (600Mhz) ele responde bem aos toques da tela e os aplicativos rodam suavemente nele, sem travar e sem as lentidões que eu experimentava no meu Nokia E51. Os únicos momentos onde eu sinto uma queda no desempenho do telefone é quando alguma aplicação está sendo instalada, mas entendo que é um aparelho limitado e que realmente instalar aplicações enquanto se faz outra tarefa não é mesmo o forte deste aparelho e mesmo com a limitação de hardware, até o momento não tenho nada a reclamar na questão de desempenho do aparelho, isso levando em consideração o uso do aparelho, navegação na Internet, verificação e resposta a e-mails, sincronização de dados e até alguns joguinhos bem pesados.

Como nem tudo são flores em um aparelho de entrada como este, na hora de pesquisar pelos contatos ou até mesmo para fazer a tarefa básica de um telefone que é fazer ligações, ele dá uma travadinha de vez em quando… chegando a ser perceptível o quanto ele demora para ler os contatos. Talvez isso seja mais perceptível comigo pois eu possuo algumas centenas de contato (sincronizando minhas contas do Gmail e os contatos do aparelho antigo).

O Display TFT

Esse foi o item que mais me deixou apreensivo na hora de utilizar o aparelho pela primeira vez, pois a experiência que eu tinha com displays TFT não eram das melhores, no entanto fiquei realmente muito surpreso com a resposta aos toques na tela que o aparelho oferece. A coisa acontece de uma forma tão natural que eu chego até a imaginar que a única diferença hoje do TFT para outros tipos de tela é a questão do Multitouch. O Galaxy 5 não possui multitouch, ele responde apenas à toques únicos em sua tela.

Além da tela touchscreen, me impressionou muito também a qualidade da imagem na tela e o brilho que ela oferece. É um brilho tão intenso que, como eu utilizo o aparelho mais em ambientes fechados, tive que reduzir ao mínimo o brilho da tela para que não incomodasse meus olhos (e olha que eu tenho alguns graus de astigmatismo e um pouquinho de miopia também).

A resolução de 240x320px não chega a ser um problema em uma tela desse tamanho (2.8”) e a nitidez dos textos durante a navegação ou qualquer outra tarefa é realmente impressionante. Embora não seja o aparelho mais aconselhável devido à sua pequena telinha, dá até pra ler alguns ebooks no aparelho (com muita boa vontade, claro).

Conectividade

A questão de conectividade é praticamente um padrão hoje em dia e o Galaxy 5 não tem muita limitação quanto à isso pois possui bluetooth, Wi-Fi, 3G e GPS integrados. O sinal do aparelho também é muito bom, pois eu consigo pegar sinal de celular em lugares onde outros aparelhos não conseguem.

O Wi-Fi também tem uma ótima recepção e parece consumir pouca bateria em relação a outros celulares pois passo boa parte do dia com o Wi-Fi ligado e o consumo de bateria é praticamente o mesmo de quando utilizo apenas o 3G.

Ao conectar o telefone à um computador utilizando o cabo USB aparece na tela as opções de utilizar o aparelho em modo UMS (como se fosse um pendrive) ou utiliza-lo para conectar ao Samsung Kies, um software completamente inútil que sequer vem com um CD de instalação. Dessa vez fizeram uma economia ótima, não enviaram o CD de instalação pois acho que até eles sabem que o programa é terrível.

Outra grande vantagem desse aparelho é que ele já vem, por padrão, com a opção de utilizar o aparelho como um hot-spot wi-fi, ou seja, você pode conectar o seu aparelho à rede 3G e redistribuir este sinal através do Wi-Fi do aparelho como se fosse um roteador para conectar o seu notebook ou tablet. Ainda não utilizei essa função do aparelho, mas assim que o fizer, farei um post aqui com mais detalhes sobre essa opção.

GPS

O GPS é uma função que é praticamente padrão hoje nos smartphones e que, em muitos casos, gera uma grande dor de cabeça quanto à sua configuração e precisão. Supreendentemente no Galaxy 5 a precisão do GPS é impressionante e sem mexer nas configurações de fábrica. Talvez seja por conta da versão 2.2 do Android, pois vi muita gente reclamando da versão 2.1, onde o GPS mostrava endereços com uma margem de erro de até 100 metros. Comigo, pelo menos nos pontos que eu testei, funcionou com uma precisão de pouquíssimos metros derro (questão de 10 a 20 metros, no máximo).

Para funcionar com precisão o GPS do aparelho precisa do máximo de informações possível e isso é avisado logo quando se liga o aparelho pela primeira vez ou na primeira vez que vai utilizar o GPS. O aparelho pede que você utilize o GPS em conjunto com as redes Wi-Fi disponíveis e também com informações provenientes das torres de celular. É claro que eu habilitei todas as funções e, segundo os poucos testes que fiz, a utilização das redes wi-fi não alteram muito o resultado, mas a utilização das torres de celular tem fundamental importância na utilização do GPS, logo, se você comprou esse celular e quer utilizar o GPS com mais precisão, habilite o uso das redes de celular para auxiliar na sua localização.

Qualidade do Som

As ligações recebidas e feitas pelo aparelho tem uma nitidez impressionante e o alto-falante dele tem um ótimo volume, ideal para quem tem pequenos problemas de audição como eu. É uma pena que o viva-voz dele não seja dos melhores.

Ao utilizar o fone de ouvidos que acompanha o aparelho para ouvir músicas ou falar ao telefone, o som parece bem natural. Um ponto fraco que vi nesse quesito foi apenas os fones que acompanham o aparelho. Eles não chegam a ser ruins, mas dão a impressão de serem feitos de um material de baixa qualidade, daquele tipo que pode se desmanchar a qualquer hora. Não chega nem perto dos fones de ouvido que vieram no meu antigo Nokia E51. Ponto ultra negativo. Tá certo que é um aparelho de entrada, mas foram economizar até no fone, que é um acessório padrão de qualquer smartphone hoje em dia? Não faz sentido!

Ao ouvir músicas diretamente no aparelho o som é aquele sonzinho padrão de telefones (excluídos aqui os aparelhos Sony Ericsson que tem um áudio espetacular) e, logicamente, deve ser feito com parcimônia pois dois motivos simples: 1 – Celular não foi feito pra ficar tocando música o tempo inteiro ainda mais sem fones de ouvido; 2 – Se quer ouvir música, utilize o fone de ouvido. Ninguém é obrigado a ficar ouvindo o que você ouve (conceito básico de noção).

A Duração da Bateria

Aqui está o grande Calcanhar de Aquiles da tecnologia atual. É fato conhecido que a grande vilã ainda da tecnologia seja justamente a parte primordial para o funcionamento de qualquer aparelho eletrônico: o fornecimento de energia através de baterias. As baterias de hoje chegaram a um patamar onde a evolução está claramente empacada e, por conta disso, somos obrigados a carregar, junto com os aparelhos, os famigerados carregadores para não sofrermos uma interrupção no uso por conta do esgotamento da bateria.

Com o Galaxy 5 não é diferente. A bateria dura pouco, muito pouco. Se você é um usuário curioso que quer explorar todas as funções do aparelho, tenha em mente que você irá facilmente ter que recarregar a bateria do seu aparelho várias vezes durante o dia e, quando cansar de tanto fuçar no aparelho, ainda assim terá que ter um carregador sempre por perto. Para ficar mais claro, estou falando de cerca de 12h de funcionamento intenso ou, no máximo, 15h de funcionamento “normal”, sem receber/fazer muitas ligações e deixando o aparelho em paz por algumas horas.

O Android

O meu aparelho já veio atualizado com o Android 2.2

O meu aparelho já veio atualizado com o Android 2.2

Em todas as especificações que vejo pela Internet dizem que este aparelho vem com Android 2.1, que é o sistema que existia quando o aparelho foi lançado, porém, o aparelho que comprei e os aparelhos mais novos já vem de fábrica com o Android 2.2 (Froyo) que trouxe algumas boas melhorias para o sistema em relação ao 2.1. Uma grande vantagem do Android 2.2 é a possibilidade de transferir alguns aplicativos para o cartão de memória MicroSD, ao invés de ficar ocupando espaço na memória do telefone que, pelo visto, é bastante limitada e não permite a instalação de muitos aplicativos. Infelizmente não são todos os aplicativos que podem ser transferidos para o cartão MicroSD do aparelho, mas as poucas que possuem esse suporte fazem uma grande diferença.

O sistema operacional Android é incrivelmente dependente de conexão com a Internet, porém é possível utiliza-lo sem essa conexão, o que não recomendo em hora alguma visto que o sistema possui uma ótima integração com os serviços do Google e, em alguns casos, depende diretamente deles para funcionar como o Google Maps (para utilizar com GPS), e-mail e vários outros aplicativos. O consumo de dados, surpreendentemente, não é dos mais altos e, apesar de toda a integração com a Internet e das sincronizações (que são ajustáveis), em 1 semana consumi relativamente pouco do meu plano de dados pré-pago que utilizo atualmente. (Outro dia farei um post exclusivo referente aos planos de dados disponíveis no Brasil, podem me cobrar isso depois)

Se você não tem um plano de dados 3G ou GPRS, certifique-se que tenha pelo menos uma conexão Wi-Fi disponível. Dessa forma você irá desfrutar de todas as vantagens do seu aparelho.

Como estamos falando de um smartphone que é praticamente um computador de mão e que você tem a facilidade de instalar aplicações nele, é bom ficar atento aos programas que serão instalados pois da mesma forma que existem programas fantásticos disponíveis na Android Market, existem também aplicativos mal desenvolvidos que podem causar alguns inconvenientes ao seu smartphone como: consumo excessivo da bateria, consumo excessivo do plano de dados, utilização excessiva do processador (podendo causar um superaquecimento e travamentos ao seu smartphone) e vários outros problemas que qualquer programa de computador mal concebido pode causar. Então, fique atento e resista à tentação de sair instalando qualquer besteira no seu telefone sem antes verificar os comentários disponíveis na própria Android Market ou em reviews espalhados na Internet.

Por enquanto essas são as minha impressões sobre o Android 2.2 e o Samsung Galaxy 5. É claro que daqui pra frente farei vários posts sobre essa dupla e darei também várias dicas de uso e programas interessantes e seguros para uso.

O aparelho é uma boa opção para quem procura um smartphone de entrada e ele cumpre bem as suas funções dentro das limitações já esperadas. A sua pouca memória e seu limitado espaço interno tornam este aparelho bastante restrito àqueles que não precisam de muitos aplicativos no smartphone. A sua tela é bastante pequena e limita a compatibilidade do aparelho com alguns aplicativos. Darei 3 estrelas para este aparelho tendo em vista que é um smartphone de entrada e não tem qualquer pretensão de concorrer com smartphones medianos ou top de linha.